sexta-feira, 27 de junho de 2008

hoje é o dia internacional da poesia incontida, impossível a caminho de se realizar, ninguém pode, mas pode espiar e sem prescrição de qualidade!
viva!

meu amor
eu te amo
eu te amo
mais
até que
aquele biscoito de goiaba enroladinho
na embalagem antiga e vermelha
que vende no supermercado

meu amor passional é constante mas displicente e disperso.
amo de tudo um pouco, amo até dormir dormindo.

te amo e rimo
sem graça
na marra
amasso
e passo
adiante
adiante só tem você
ui!
hahaha
te amo mesmo, é sério
tudo que tenho é o amor
escondido e tímido
mas dá uma chancezinha pra ele
explode
bum!
caio duro no chão
ligo para os meus pais chamarem uma ambulância
não sem antes perguntar quanto foi o jogo do Corinthians
isso sim vai ser decisivo na minha recuperação
sou muito sensível

mãe, quer um presente bem bonito?
"vai,
boiadeiro que a tarde já vem
leva o teu gado e vai pensando no teu bem."

dedicado a todos aqueles que acreditam na livre emancipação de rimas, não-rimas, de ficção ou não-ficção, indefinível como a própria estrutura, e assim só, declarar:
hoje (mas pode ser amanhã e o sempre) dia internacional, quiçá universal, dos poetas desenganados, torpes, esquecidos em seus cotidianos chatos quadrados patos pra burro, entediantes porque previsíveis.
ao contrário do meu final.
fim.

aliás, em sua qualidade de voltar atrás, aliás essa é a sua única função, e não importa quantas funções você tenha desde que faça bem. aliás, conheço uma palavra que faz muito bem isso: aliás.
se tum-tum-tum e de repente, plaft, escorregadio e bem lentamente. te acudo. posso? com licença então, pré-escrevo lá no aliás, e espero que tu sigas fiel, meu filho: que se quando rima, então meu amigo, alforria! viva!

aqui me despeço e volto pra casa
aqui me desfaço e volto pra roça
aqui desenrosco e me esqueço na praça
assim, sem graça, desmancho uma poça

Um comentário:

Anônimo disse...

RAFA!

tá ficando bom na brincadeira!